quinta-feira, junho 24, 2010

A Canção de Zefanias Sforza de Luís Carlos Patraquim


Luis Carlos Patraquim autor, entre outros, dos textos teatrais Karingana, Tremores Íntimos Anónimos (em parceria com António Cabrita), Vim te Buscar, Estaleiro Geral, D'Abalada (todos produzidos pelo Bica Teatro) estreia-se na prosa. Grande abraço Luís!

"A canção de Zefanias Sforza
Estreia na prosa do poeta Luís Carlos Patraquim assinala os 35 anos da independência de Moçambique.

A Porto Editora publica, a 25 de Junho, a obra de estreia na prosa do poeta moçambicano Luís Carlos Patraquim. A canção de Zefanias Sforza, que conta com uma belíssima pintura do reputado Roberto Chichorro na capa, é um retrato da realidade político-social da soberania de Moçambique e chega às livrarias precisamente trinta e cinco anos depois da proclamação da independência daquele país.

O evento de lançamento do livro está inserido nas comemorações oficiais dos trinta e cinco anos da independência de Moçambique, organizadas pela Embaixada, e tem lugar na Universidade Lusófona de Lisboa, no dia 25 de Junho, às 17:30. O próprio Embaixador, Miguel M'Kaima, e a poetisa angolana Ana Paula Tavares vão fazer a apresentação.

A curiosidade gerada pela estreia de Patraquim na prosa é muito grande, em especial se tivermos em conta que se trata de um dos maiores poetas de língua portuguesa - foi, aliás, membro do júri do Prémio Camões 2009 -, com uma carreira de mais de trinta anos. Luís Carlos Patraquim nasceu em Moçambique, esteve refugiado na Suécia e vive em Portugal há mais de vinte anos. Possui um percurso profissional ligado, também, ao teatro e ao cinema, como autor de peças e argumentos, e ao jornalismo - dirigiu a Gazeta de Artes e Letras da revista Tempo, fundou a Agência de Informação de Moçambique, onde entre outros trabalhou com Mia Couto, foi consultor do programa Acontece, de Carlos Pinto Coelho, comentador da RDP África e colaborador de órgãos como o JL, o Expresso, o Público ou até a BBC.

A canção de Zefanias Sforza integra a colecção Literatura Plural, que já conta com dois livros de Vítor Burity da Silva, e vai estar à venda, também, em Angola e Moçambique, através da Plural Editores Angola e da Plural Editores Moçambique, que integram o Grupo Porto Editora.

O enredo
Quem não conhece Zefanias Sforza? Ninguém, é verdade. Mas embora nenhuma rua desta cidade lhe assinale nome, e nem busto ou estátua, a possibilidade de isso vir a acontecer é mais verosímil do que alguns pensam. Zefanias Plubius Sforza, afirmo-o com a dúbia convicção de um mero tabelião de afectos e descasos, foi um cidadão, ou tentou ser, e isso já não é pouco.

Tendo como palco a cidade de Maputo, microcosmos do país que emerge com a proclamação da independência, esta é a estória de uma personagem improvável, tão improvável quanto possível, seus casos, sonhos e atribulações. O leitor perceberá que o excêntrico apelido e a particular idiossincrasia não são o melhor dos aliados num tempo e lugar em permanente ebulição.

O autor
Natural de Maputo, colaborou na imprensa moçambicana e portuguesa. Fundou e coordenou a Gazeta de Artes e Letras da revista Tempo, em 1984.Vive em Portugal desde 1986.
Poeta de reconhecidos méritos, publicou obras tão assinaláveis como Monção, A Inadiável Viagem, Vinte e tal Novas Formulações e uma Elegia Carnívora, Lidemburgo Blues, O Osso Côncavo e outros poemas, Pneuma, O Escuro Anterior. Matéria Concentrada, recolha antológica, sairá brevemente em Maputo.

Intrometeu-se na escrita dramática e o cinema é uma questão que tem consigo mesmo. Está traduzido e antologiado em diversas línguas.
Foi galardoado com o Prémio Nacional de Poesia (Moçambique) em 1995."

in

http://www.portoeditora.pt/imprensa/index/detalhe/noticia/a_cancao_de_zefanias_sforza